Eterno defensor das técnicas de defesa pessoal do Jiu-Jitsu,
Maeda embarcou para os Estados Unidos em 1904, em companhia de outros
professores da escola de Jigoro Kano. À época, graças aos laços políticos e
econômicos entre Japão e EUA, as técnicas japonesas encontravam grandes e notórios
admiradores em solo americano. Em 1903, por exemplo, o presidente Theodore
Roosevelt tomara aulas com o japonês Yoshiaki Yamashita. Nos EUA, o ágil japonês
começou a colecionar milhares de combates e adversários tombados pelo caminho,
em países como a Inglaterra, Bélgica e Espanha, onde sua postura nobre fez
nascer o apelido que o consagrou, Conde Koma. De volta à América, o lutador fez
diversas apresentações e desafios em países como El Salvador, Costa Rica,
Honduras, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile e Argentina. Em julho de 1914,
o valente japonês de 1,64m e 68kg, segundo consta, desembarcaria no Brasil para
fincar raízes e mudar a história do esporte.
Maeda colecionaria histórias saborosas em terras
brasileiras. Após rodar pelo país, o faixa-preta de Jiu-Jitsu se estabeleceu em
Belém do Pará. Certo dia, encarou o desafio de um capoeirista conhecido como “Pé
de Bola”, de cerca de 1,90m e quase cem quilos. Maeda não se fez de rogado e
ainda deixou o ousado rival portar uma faca na luta. O japonês desarmou-o,
derrubou e finalizou o brasileiro. Conde Koma, como se tornou tradição entre os
professores de Jiu-Jitsu, também lançava desafios para rivais famosos do boxe.
Foi o que fez com o afamado boxeador americano Jack Johnson, que jamais aceitou
a luta.
Foi Koma, ainda, que promoveu o primeiro campeonato de
Jiu-Jitsu do país – na verdade, um festival de lutas e desafios para promover o
esporte desconhecido.
Fonte: Graciemag
Continuamos a contar essa história na próxima postagem...
Fonte: Graciemag
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